No Dia Nacional da Biblioteca, Fundação Pedro Calmon reforça importância do hábito de ler e do acesso gratuito e democrático ao livro nas bibliotecas estaduais
É de consenso que o hábito de ler estimula o aprendizado, emancipa, abre portas, fortalece a educação e a cultura. No Dia Nacional da Biblioteca (09 de abril), a Fundação Pedro Calmon, unidade vinculada à Secretaria de Cultura da Bahia (SecultBA), reforça a importância do acesso gratuito aos livros e ações de fomento á leitura.
No total, são 133.442 exemplares disponíveis nos setores de empréstimo distribuídos entre a Biblioteca Central do Estado da Bahia; Biblioteca Anísio Teixeira; Biblioteca Infantil Monteiro Lobato; Bibliotecas Juracy Magalhães (Salvador e Itaparica), e Biblioteca Pública Thales de Azevedo. Com o intuito de estimular a cultura literária, a Pedro Calmon também promove durante todo o ano, atividades como lançamentos de livros e contações de histórias em suas unidades.
Segundo dados da instituição, ao longo do ano de 2024, foram realizados o total de 8.608 empréstimos nas bibliotecas estaduais. No ano de 2025, já no primeiro quadrimestre, 2.159 usuários pegaram livros emprestados. Dentre os mais procurados estão os livros para o público infanto-juvenil, seguido da categoria de literaturas nacionais e internacionais. Livros clássicos, de ficção, romance, poesias, religião também figuram entre os títulos procurados pelo público.
Em busca de alguns livros para empréstimo na Biblioteca Central, localizada no bairro Barris, a professora e ledora voluntária, Suzana Lima, ressaltou o papel desses espaços para a garantia de direitos: “A biblioteca oferece a oportunidade de conhecer o universo. Quando você lê, o seu mundo desperta, conhecemos outras realidades que estão fora do nosso convívio social. Hoje, me debruço no sentido de aprender, conhecer novas pessoas, e tenho a oportunidade de servir ao próximo através do voluntariado. Trabalho com crianças e adolescentes com deficiências intelectuais, daí veio à experiência de ser ledora, que veio para agregar ainda mais minha atuação”.
Sobre o futuro, a professora destaca: “Num mundo cada vez mais tecnológico, acredito que as bibliotecas tenham que buscar sempre mais estratégias para atrair os jovens. Que possamos valorizar e procurar estar mais nesse espaço, que é nosso, e se propõe ao aprendizado, conhecimento, de amplitude de mundo”, finaliza Suzana.
Sistema Pergamum – Com o propósito de tornar livros mais acessíveis, a Fundação Pedro Calmon disponibiliza um software de gerenciamento dos acervos bibliográficos do Sistema Integrado das Bibliotecas. Através do Pergamum é possível direcionar a busca de títulos à unidade em que o usuário deseja fazer o empréstimo do livro, realizar reservas e renovar os empréstimos através do site, materiais pendentes, entre outros serviços oferecidos. Desde sua implantação em 2010, já foram cadastrados 32.068 mil usuários, totalizando 149.584 mil empréstimos apenas pelo sistema.
Empréstimo – Os interessados em pegar livros emprestados devem comparecer a uma das seis unidades com comprovante de residência, endereço de e-mail, número de telefone e um documento de identificação com foto. O cadastro é feito na hora num sistema integrado das bibliotecas vinculadas à FPC. O empréstimo de até dois livros é válido por 15 dias, podendo ser renovado mais duas vezes através do Pergamum.
Devolução – Vale ressaltar a importância da responsabilidade dos leitores em devolver os livros! O leitor que devolve o livro após o prazo fica suspenso de locar outro durante o mesmo período do atraso. A biblioteca faz um trabalho de cobrança via e-mail e telefone desses usuários após completar um mês de atraso.
A diretora de bibliotecas públicas da Bahia (Dibip/FPC), Tamires Conceição, esclarece que o serviço de empréstimos de livros é um das ações fundamentais na democratização do livro.
“Através dos empréstimos, as bibliotecas promovem a cooperação e a parceria entre a comunidade e o equipamento cultural, ampliando o fluxo dessas pessoas nesses espaços, contribuindo com o desenvolvimento de conhecimento e da cidadania, favorecendo o acesso à literatura, permitindo a democratização da informação de diferentes áreas de especialização. Por meio desse acesso do leitor a essas Unidades, o mesmo poderá participar de alguma atividade cultural que esteja acontecendo na biblioteca, conhecer outros setores e também utilizar a sala digital, pois entendemos a necessidade de unir o diálogo dos suportes digitais e analógicos no momento da mediação da leitura e da literatura”, destaca Neves.
A diretora também ressalta: “Esse serviço possibilita o acesso à informação a populações mais carentes que só tem possibilidade de estudar e de adquirir caminhos para o aprendizado ao acessar esses espaços e tendo acesso a livros de forma gratuita, como também a toda programação cultural mensal nas sete bibliotecas públicas estaduais”.
Algumas das atividades realizadas nas unidades, abertas ao público, são os lançamentos de livros e a contação de história, atividade que é porta de entrada do público infanto-juvenil ao mundo do livro.
Lançamentos de livros – No ano de 2024, o conjunto de bibliotecas estaduais promoveu 40 lançamentos de livros de novas obras, de autores nacionais e internacionais. Este ano, as bibliotecas já receberam os lançamentos dos livros: Inclusão Social e Trabalho Informal – Relatos do Corre (Francisco Antônio Zorzo); Manual Diálogos Acessíveis (Viviane Panelli Sarraf); Um mergulho muito curioso (Carla Chastinet); O Único Discurso de Gramsci: o Confronto que o Levou à Prisão (Marcos Dattoli); Evento Circulem um livro na Biblioteca Central com os lançamentos – Casa de Vó (Claúdia Santana); Livretos Afrobeto (Bia Barreto); A contadora das estrelas (Terezinha Passos); Um mergulho muito curiosos (Carla Chastinet); Morada (Lucianna Ávila); Viva e deixa viver (Rita Araújo).
No mês de abril acontecem os lançamentos dos livros: O Canto de Graúna – uma poética da heterogeneidade nas literaturas indígenas brasileiras contemporâneas, da autora Randra Kevelyn, no dia 22 de abril, às 15h, na Biblioteca Juracy Magalhães Jr. de Itaparica; ‘Mulheres que mudaram a história’, da autora Terezinha Passos, dia 23 de abril, às 15h, na Biblioteca Central do Estado da Bahia e Notas Rotas, da autora Paula Luersen, dia 25 de abril, às 17h, na Biblioteca Central.
Festival de Contação de Histórias: As bibliotecas promovem durante todo o ano calendário de contação de histórias voltado para crianças e adolescentes, com abordagens temáticas. Em abril, esse movimento é amplificado com o tema Livro Infantil, em alusão ao Dia Nacional (18 de abril), que culmina com mais duas comemorações: Dia da Biblioteca Infantil Monteiro Lobato e da Biblioteca de Extensão.
O Festival que está em sua 6° edição reunirá profissionais que realizam a mediação do livro, leitura, literatura e da escrita de forma lúdica, envolvendo intervenções musicais, contação de história e teatro, que este ano acontecerá no dia 25 de abril.
Contadora de histórias há 11 anos, Jamília Tavares, fala sobre a interação com o público por meio da atividade: “Nós estudamos a história, os personagens, para poder entrar na atmosfera da imaginação, viajar sem sair do lugar, através da contação de histórias. Ao mostrar cada imagem, cada página, os espectadores, na maioria das vezes crianças, também despertam o desejo de ler. A contação é uma porta de entrada para o livro, o gostar de ler”, finalizou.
A programação completa das bibliotecas pode ser acessada por meio do site institucional https://www.ba.gov.br/fpc/ ou pelas redes sociais @fpedrocalmon.
Foto: Suzana Lima, professora e ledora voluntária
