Retornando após dois anos de suspensão em função da pandemia da Covid-19, a expectativa pela festa do Senhor do Bonfim toma o coração de baianos e turistas, que almejam subir novamente a Colina Sagrada. Diante deste cenário, o reitor da Basílica Santuário Senhor Bom Jesus do Bonfim, padre Edson Menezes da Silva, ressaltou que o “povo está com muita sede de subir a ladeira da Colina Sagrada”.
“A minha expectativa é de que a festa vai ter uma participação muito expressiva, além do que vinha acontecendo antes, por conta do fato de ficarmos dois anos sem a realização da programação completa. Temos um povo com muita sede, de vivenciar, de subir a ladeira da Colina Sagrada, como sempre aconteceu. Então, acho que teremos a participação de muita gente”, disse em entrevista Padre Edson
Outro ponto que contribui para esta expectativa, segundo o padre Edson, é a devoção do povo baiano ao Senhor do Bonfim, além de termos passado por um período de pandemia, que acabou por reaproximar muitas pessoas da Igreja.
“O povo tem uma devoção muito particular ao Senhor do Bonfim, é uma coisa constatada e muito evidente. Porém, tem ocasiões de dificuldades pessoais, em que as pessoas recorrem à igreja com mais frequência. Depois da pandemia, as pessoas estão procurando buscar mais à Deus, então é um fato que, com certeza, vai motivar para que muitos venham à Basílica nesse período da festa”, afirmou.
Segundo o reitor da Basílica, esse movimento já foi observador, por exemplo, na última sexta-feira de 2022, quando cerca de 100 mil pessoas subiram a Colina Sagrada para agradecer pelo ano.
“Foi um dia bastante movimentado, tivemos cerca de 100 mil pessoas, celebramos 13 missas durante o dia, com a praça super lotada. Acredito que vai acontecer o mesmo nesta sexta-feira, dia 6. Em seguida, a festa. É todo um contexto favorável, no sentido do que a Basílica oferece, em termos de celebrações, de acolhimento, e de oportunidades para que as pessoas tenham esse contato direto com o Sagrado”, ressaltou.
Devoção
Por fim, padre Edson também destacou a importância da valorização da devoção do povo, e falou sobre como o povo baiano elegeu a devoção ao Senhor do Bonfim, como um dos seus patrimônios.
“Toda devoção do povo deve ser valorizada e reconhecida. Então, nós procuramos dar atenção, valorizar todas as manifestações. Sempre digo que a Igreja do Bonfim é na cidade do Salvador, uma espécie de pronto socorro espiritual. Então, celebrar a festa do Bonfim é, primeiro, uma oportunidade de agradecer à Deus, e em segundo, é dar oportunidade à cada pessoa de expressar sua fé, seu agradecimento. É dar oportunidade de vivenciar esse momento, que é ímpar, em que cada pessoa renova suas energias, renova sua esperança, a sua confiança em dias melhores”, destacou.