A deputada federal da Bahia, Lídice da Mata, respondeu às críticas levantadas pelo atual senador Angelo Coronel, com relação a sua candidatura ao Senado em 2018. Na última sexta-feira (21), o representante da triáde baiana no Senado afirmou que a ex-prefeita da capital “ela acatou e saiu” da disputa pela candidatura ao cargo no ano em questão. Em entrevista ao Projeto Prisma, nesta segunda-feira (27), Lídice respondeu.
“Bom, para o senador, que está achando que pode sair [candidato à reeleição], eu diria que pimenta nos olhos do outros é refresco, mas para o quadro político geral, eu acho o seguinte: está muito cedo”, indicou a deputada.
A parlamentar comenta ainda sobre o posicionamento do presidente Luiz Inácio Lula da Sila (PT), em defender as duas candidaturas petistas, de Jacques Wagner e Rui Costa, com relação senador Angelo Coronel. Para Lídice, a defesa de Lula é pela unificação da base.
“Quando o presidente Lula dá uma fala nessa direção, ele, na verdade, está cobrando mais lealdade, mais fidelidade dos partidos do centrão ou dos partidos de centro-direita que compõem a base, porque esses partidos que vieram compor a base do governo, muitos deles estão com uma taxa muito pequena de votação com o governo”, explica. Ela declara ainda que a falta de “lealdade” dos partidos de centro no Congresso pode ser observada com frequência durante as principais votações em amos os plenários.
Ela cita partidos que possuem participação ministerial e ainda assim, possuem baixa adesão das pautas do governo. “Isso é inadmissível. Se nós fossemos um país parlamentarista, isso seria impossível, porque você não pode compor o governo e votar contra o governo, termina o governo caindo”, delimita. A deputada federal ressalta ainda que o posicionamento do presidente, em privilegiar candidaturas petistas ao Senado em 2026, não se mostra como um posicionamento regional.
“Isso, no entanto, não tem uma relação direta com a Bahia. Com a Bahia, o que está sendo colocado, é muito mais uma proposta de fortalecimento do campo político e de reforço a chapa, pelo que eu estou entendendo”, afirma. Lídice diz ainda que suposta a chapa, composta pelo atual ministro Jacques Wagner e o ministro então Rui Costa, ainda não estaria pronta e as negociações com o próprio Coronel ainda seriam discutidas.
“Ainda vai passar por negociações, eu creio que o governado Jacques Wagner, por toda a história que ele construiu na Bahia, ele ser um grande articulador político e essa articulação passa pela capacidade de unir, ele não vai levar a uma dissidência total da chapa. E isso não quer dizer que um senador não possa sair e outro não possa entrar”, completa.
Fonte: Bahia Notícias