A ausência do ‘Pôr do Som’ na agenda divulgada pela Prefeitura de Salvador para o Festival Virada Salvador 2025, não foi a única mudança envolvendo a cantora que foi percebida pelo público nas redes sociais.
O espaço na Boca do Rio que desde 2017 recebe o festival promovido pela Prefeitura e foi batizado de ‘Arena Daniela Mercury’, ganhou um novo nome em 2025 e passa a se chamar ‘Arena Parque dos Ventos’.
Apesar da mudança no nome, a festa permanece no mesmo local, mesmo com as obras realizadas nos últimos meses. Ao ser procurada pelo Bahia Notícias para falar sobre a situação, a Prefeitura informou que a mudança foi motivada por uma decisão do Ministério Público que proíbe este tipo de homenagem para pessoas que ainda estão vivas, decisão que consta na Constituição Estadual da Bahia, em seu artigo 21, e a Lei Federal n° 6.454/1977.
Daniela Mercury foi escolhida para homenagear o espaço do Festival Virada em 2016, quando o evento ainda acontecia na Praça Cairu, no Comércio. A decisão foi tomada após uma polêmica sobre uma mudança no Carnaval: a vereadora Vânia Galvão (PT) propôs que o nome da cantora baiana substituísse o de Dodô, um dos criadores do trio elétrico, no circuito Barra-Ondina.
Na época, a indicação foi rejeitada por unanimidade pelo Conselho Municipal do Carnaval (Comcar), e o então prefeito ACM Neto decidiu realizar a homenagem no Réveillon da cidade. “Vamos prestar uma homenagem muito justa à cantora Daniela Mercury, com todo o carinho e respeito que ela merece e como reconhecimento à importância das mulheres na cultura, na música e na arte baiana, além do reconhecimento da história de Daniela e ao que ela representa no posto de vista social para cidade”, defendeu o prefeito, ao fazer o anúncio.
Com a mudança para o Parque dos Ventos, o nome foi mantido e continuou a ser utilizado para identificar o espaço da festa de Ano Novo.
Na terça-feira (22), Malu Verçosa Mercury, esposa e assessora de Daniela, falou em primeira mão para o Bahia Notícias sobre a exclusão do dia 1º de janeiro da agenda da Prefeitura no Festival Virada. Segundo Malu, não houve contato para tentar manter a festa, mas o projeto era uma tradição da artista que seria mantido independente deste empecilho.