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POLÍTICA

PRESIDÊNCIA DO IPHAN ENTRA EM DISPUTA PARTIDÁRIA POR CARGO NO GOVERNO LULA

A futura presidência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, o Iphan, é disputada por conselheiros, técnicos e partidos, e tem deixado servidores descontentes.

Um dos cotados para o cargo é Leandro Grass, que foi candidato do PV ao governo do Distrito Federal nas eleições deste ano e tem formação em gestão cultural. No entanto, nunca trabalhou com patrimônio.

A indicação vem sendo considerada por petistas e aliados e seria uma forma de dar um cargo do segundo escalão ao seu partido, que fez parte da coligação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas acabou sem nenhum ministério na Esplanada.

Grass esteve na posse da ministra na última segunda-feira (2), mas ainda não se reuniu diretamente com ela para conversar sobre o Iphan —uma reunião pode acontecer nos próximos dias.

O nome dele, no entanto, não agradou pessoas ligadas ao Iphan, principalmente porque a instituição foi alvo constante de críticas durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e requer, como outras autarquias ligadas à Cultura, uma equipe robusta e técnica para voltar com mecanismos de preservação do patrimônio.

Em oposição ao candidato do PV, outros nomes estão sendo apoiados em cartas direcionas ao Ministério da Cultura e à própria ministra, Margareth Menezes.

O arquiteto Nilvado Andrade, que foi presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil e parte do conselho consultivo do Iphan, é apoiado por especialistas em patrimônio e por alguns de seus pares que confrontaram a gestão da ex-presidente do órgão Larissa Peixoto —é o caso de Márcia Sant’Anna, arquiteta e professora da Universidade Federal da Bahia.

Ele também é um dos fundadores do Fórum de Entidades em Defesa do Patrimônio Cultural Brasileiro, criado em resposta ao desmonte da instituição nos últimos quatro anos.

Leonardo Castriota também é apoiado por especialistas da área, principalmente de membros do Conselho Internacional de Monumentos e Sítios. Na carta de apoio a ele, o grupo avalia que o nome é comprometido com a preservação do patrimônio, e lembra que já trabalhou em diretorias de patrimônio cultural municipais e também no conselho consultivo do Iphan.

Andrey Schlee, que já presidiu o órgão, e Célia Corsino, que chegou a ser exonerada da instituição sob o governo Bolsonaro, também são nomes cotados.

O governo Lula já exonerou a ex-presidente Larissa Peixoto e outros diretores da instituição. Um deles foi Leonardo Barreto, que foi diretor do Departamento de Patrimônio Material e Fiscalização, um dos cargos mais importantes da gestão patrimonial nacional. Foi ele quem assinou o documento que criou um grupo de trabalho para estabelecer o valor cultural de armas de fogo.

Além deles, saíram também Roger Alves Vieira, que comandava o Departamento de Patrimônio Imaterial, Filipe Rocchetti Girardi, de Cooperação e Fomento, e Arlindo Pires Lopes, de Projetos e Obras.

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