Completando quarenta e cinco dias de greve nesta quinta-feira (19), os professores da rede municipal de Salvador seguem sem previsão de retorno às salas de aula. Em entrevista, uma fonte da APLB afirmou que não há perspectiva de retomada das atividades e que a proposta apresentada pelo Executivo soteropolitano não contempla a categoria.
Na tarde desta quarta-feira (18), a categoria realizou mais uma assembleia e, após ampla discussão, decidiu, por maioria, não aceitar a proposta de acordo apresentada pela Prefeitura.
Durante a assembleia, foi aprovada ainda a realização de um seminário para melhor análise da proposta e de uma nova assembleia, ambas após o recesso de São João, mas ainda sem data definida. O documento apresentado aos trabalhadores, fruto de uma negociação entre a direção da APLB e o Executivo Municipal na última terça-feira (17), previa avanços em algumas pautas da categoria, como a realização de concurso público ainda este ano, reajustes em gratificações, pagamento de retroativos e climatização das salas de aula até dezembro de 2025.
Também estavam previstas a devolução dos valores descontados dos salários durante a greve e o cancelamento das faltas, mediante reposição das aulas. Apesar das concessões, os trabalhadores consideraram que a proposta não atende de forma satisfatória às principais reivindicações da categoria, sobretudo no que diz respeito à recomposição salarial e à valorização profissional.
