O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou, neste último o domingo (9), uma proclamação presidencial que altera a denominação do Golfo do México para “Golfo da América”. Além disso, voltou a fazer novas declarações sobre a Faixa de Gaza, afirmando que os EUA deveriam se tornar proprietários da região.
Faixa de Gaza
A bordo do Air Force One, Trump afirmou que a mudança é parte de sua política de reforço da identidade nacional. “Isso é algo grande. E quase todos já concordaram com a mudança. Fazer a América grande de novo é tudo o que importa para a gente”, declarou o presidente.
Segundo o documento, a nova nomenclatura deverá ser utilizada em todos os mapas e documentos oficiais do governo norte-americano. A medida, no entanto, não tem validade internacional e depende da aceitação de outros países para ser adotada globalmente.
Trump propõe compra da Faixa de Gaza
Em outro pronunciamento polêmico, Donald Trump sugeriu que os Estados Unidos deveriam se tornar proprietários da Faixa de Gaza. Segundo ele, a região poderia ser desenvolvida e transformada em um centro de investimentos imobiliários. O presidente também indicou que parte do território poderia ser cedida a outros países árabes.
“Traremos estabilidade ao Oriente Médio”, prometeu Trump. Ele acrescentou que não considera adequado permitir o retorno dos palestinos a Gaza e defendeu que os refugiados sejam realocados em outros países. “Eu cuidarei dos palestinos e garantirei que eles não sejam mortos. Eu analisarei casos individuais para permitir que refugiados palestinos entrem nos EUA”, completou.

Impostos sobre importações e reação da União Europeia
Durante o mesmo pronunciamento, Trump declarou que imporá tarifas sobre produtos importados, incluindo o aço. A medida tem como objetivo reduzir o déficit comercial dos Estados Unidos e proteger a indústria nacional. O presidente também criticou acordos comerciais vigentes, afirmando que outros países “tiram vantagem dos EUA”.
A União Europeia reagiu à declaração e afirmou que está pronta para responder a eventuais tarifas de Trump “dentro de uma hora”. O chanceler alemão, Olaf Scholz, reforçou a posição do bloco. “Sim, da forma mais cautelosa e diplomática possível. É por isso que insisto que sigamos com as regras comuns da UE”, declarou.
A Comissão Europeia, por sua vez, afirmou que não recebeu notificação formal sobre a imposição de tarifas adicionais e reforçou que considera a medida injustificada. Em nota, o órgão alertou que tarifas sobre produtos europeus poderiam elevar custos para empresas e consumidores norte-americanos, aumentar a inflação e afetar a estabilidade do mercado global.
Pressão sobre Canadá e México
Donald Trump também criticou o déficit comercial dos EUA com o México e o Canadá. Segundo ele, o país tem um déficit de US$ 350 bilhões com o México e de US$ 200 bilhões com o Canadá, valores que o presidente classificou como “inaceitáveis”.
Ainda durante seu pronunciamento, Trump voltou a defender a incorporação do Canadá como o 51º estado norte-americano. “Acho que o Canadá estaria muito melhor se fosse o 51º Estado. Perdemos US$ 200 bilhões para o Canadá todo ano e eu não vou deixar isso acontecer”, declarou.